Técnicas de storytelling podem ser uma boa saída em um mundo paradoxo onde os espaços para exposição das ideias publicitárias parecem se reduzir à proporção em que crescem as oportunidades de mídia. Contar histórias é algo que as marcas podem fazer em vídeos de 30 segundos ou com 140 caracteres. E o resultado pode ser bastante efetivo, se utilizados os elementos certos.

O escritor alemão Kurt Vonnegut, um dos mais influentes da segunda metade do século XX, em seu livro Bagombo Snuff Box: Uncollected Short Fiction, lista oito regras para escrever uma história curta:

  1. Use o tempo de um completo estranho de tal maneira que ele ou ela não sinta que o tempo foi desperdiçado.
  2. Dê ao leitor ao menos um personagem pelo qual ele pode simpatizar.
  3. Todo personagem deve desejar algo, mesmo que seja apenas um copo de água.
  4. Toda sentença deve fazer uma ou duas coisas: revelar o personagem ou avançar na história.
  5. Sempre que possível, comece sua história pelo ponto mais próximo do seu final.
  6. Seja sádico. Não importa quão simpáticos e inocentes sejam seus personagens principais, faça coisas terríveis acontecer com eles para que o leitor perceba do que eles são feitos.
  7. Escreva para agradar apenas uma pessoa. Se você abrir uma janela e fizer amor com o mundo, assim dizendo, sua história vai pegar uma pneumonia.
  8. Dê aos seus leitores o máximo de informação o mais cedo possível. Que se dane o suspense. Leitores devem ter um entendimento tão completo do que está acontecendo, onde e porque, para poder finalizar a história por eles próprios, as baratas devem comer as últimas páginas.

Parece muita coisa, mas a apresentação a seguir mostra que até um morador de rua, intuitivamente, pode nos dar uma lição de como aplicar essas técnicas de forma efetiva. A não ser que você não saiba o que são ninjas, é impossível ler o cartaz dele sem ter algum tipo de reação. E, mesmo que não consiga arrancar moedas de você, ele já conquistou o que para o storytelling é o mais importante: emoção – seja ela qual for.