Sim. A compra de listas de e-mails ainda é um assunto que, vira e mexe, surge no contato com um cliente aqui na agência. Tá certo que tem diminuído bastante o número de clientes que aparecem com essa solução, mas infelizmente ela insiste em aparecer quando menos esperamos.
Ao ler sobre isso no bom blog da Resultados Digitais, parceira da táLIGADO Comunicação, achei que seria interessante deixar registrado no nosso blog da táLIGADO Comunicação também, para justamente ajudar quem ainda tem dúvida se esse “recurso” é válido ou não.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa: afinal, por que alguém NÃO deve em hipótese alguma usar uma lista de e-mails comprada?
- As pessoas não conhecem e não demonstraram interesse em sua empresa e seus produtos
Simples, né? Pois é, eu sei que comprar uma lista e fazer um disparo pra ela é tentador. Tantos nomes, tantas possibilidades. Além disso, “conheço várias pessoas que fazem”, me dizem alguns clientes.
O problema é que, apesar de extremamente fácil e tentador, esse simples disparo pode lhe trazer grandes problemas. E o primeiro deles é de reputação. As pessoas dessa lista comprada que receberem seu e-mail simplesmente não fazem ideia de como sua empresa conseguiu o e-mail delas. E isso causa uma impressão muito ruim no recebimento.
Antigamente, quando as pessoas ainda não eram impactadas por tantas informações, era algo que já incomodava. Inclusive, já praticamente desisti de usar alguns e-mails pelo volume de spans que eu recebia. Agora imagine hoje em dia, quando as pessoas estão afogadas em tanta informação e em uma época onde a prática de spam é abominada?
- As pessoas podem (e provavelmente irão) reclamar nas redes sociais
Com a explosão das mídias sociais, que deram voz e poder ao consumidor, uma pessoa que receba um spam e se sinta incomodada, tem grandes chances de ir para as redes sociais expor isso. E, convenhamos, sua empresa não quer ficar taxada como uma marca que recorre a práticas ruins de marketing digital.
- Os serviços de e-mail estão ficando mais inteligentes
Isso significa que, há uma boa chance de muitos usuários marcarem sua mensagem como SPAM e, ao fazer isso, a reputação da empresa ficar prejudicada. Dessa forma, os próximos envios de e-mail marketing têm grandes chances de cair direto na caixa de SPAM, e mesmo as pessoas que gostariam de receber algo da sua empresa não verão o seu e-mail.
- Listas, no geral, possuem qualidade muito ruim
Os e-mails que estão em uma lista comprada geralmente são os piores possíveis. Pessoas que têm seu endereço nessas listas muito provavelmente recebem e-mails de diversas outras empresas que também compraram endereços. Nesses casos, é bem maior a chance de seu e-mail se perder entre os outros ou mesmo ser marcado como SPAM, como já indicamos.
Além disso, geralmente essas listas têm muitos e-mails que não existem ou que foram desativados. Ao incluir esses e-mails na lista e fazer o envio, os serviços de disparo disponíveis no mercado já identificam o “erro” e interpretam como um sinal claro que a lista não é atual ou que foi construída com qualidade. Resultado: sua empresa vai para grupos com o rótulo de baixa reputação, e para os próximos disparos o serviço usará uma infraestrutura que já está “queimada”.
Portanto, tenha em mente que nenhum serviço de e-mail marketing com reputação confiável vai autorizar o envio para uma lista de baixa qualidade. Dessa forma, as listas compradas apresentam taxas de marcação de SPAM e de erros de entrega muito altas, o que prejudica a reputação do servidor de envio.
Sabendo disso, esse tipo de serviço sempre proíbe a importação de listas compradas, procurando garantir sua reputação e qualidade na entregabilidade. Portanto, de duas uma: ou o serviço não vai autorizar o envio, ou então autoriza tudo, mas em função de permitir essa prática seus servidores já devem ter uma reputação ruim com os provedores de e-mail, e portanto, terão uma entregabilidade baixa.
Obs: Há quem acredite que possa enganar as ferramentas, dizendo que a lista é própria e não comprada. Os melhores serviços de e-mail marketing têm mecanismos para identificar isso: o envio de e-mail é feito aos poucos, em lotes pequenos, e com resultados ruins a campanha é interrompida.
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