A pandemia da COVID-19 acelerou um movimento que estava caminhando aos poucos: o trabalho do marketing para advogados e escritórios de advocacia. O isolamento social dificultou os encontros com os clientes, um cafezinho no escritório para conversar sobre as dificuldades deles, e até mesmo as participações em palestras para entender sobre algum assunto novo.
Por isso, alguns advogados viram nas redes sociais uma oportunidade, que muitos no mercado jurídico, não conseguiam enxergar antes do coronavírus. E assim começaram as lives, postagens nas redes sociais, entre outros. Mas muitos advogados ainda se veem limitados, e até com medo de infringir o Código de Ética da OAB, e por isso continuam estagnados.
O Código de Ética realmente é um grande desafio, mas é importante que o advogado e escritórios, usem ele como direcionamento para suas estratégias.
Devido a esse contexto atual, a OAB tem discutindo mudanças no código, relacionados a impulsionamento de conteúdos, patrocínios de posts, uso de redes sociais e outros. Por isso é importante ficar atento as orientações da Ordem. Mas independente dessas mudanças, o escritório/advogado pode sim já trabalhar em cima de estratégias de marketing, através do marketing jurídico.
Para isso, é importante diferenciar primeiro, a atração da captação.
A captação de clientes não é permitida pela OAB, você não pode prospectar ativamente clientes, e vender. Usar chamadas para ação de venda é proibida. Mas a atração é realizada a partir do momento que possíveis clientes procuram o escritório.
Isso se dá porque, atrair é uma posição um pouco mais passiva, no sentido de que se cria estímulos e oportunidades para a pessoa vir até você. Que é diferente de prospectar, que tem uma conotação mais proativa, quando você vai em busca do cliente. Ou seja, a prospecção ativa de cliente é proibida pela a OAB.
Como o advogado pode fazer essa atração?
A atração é feita através de conteúdos informativos que despertem a atenção da audiência que pode vir a ser um possível cliente. Esse é o tipo de conteúdo que o Código de Ética recomenda.
Uma das melhores formas de trabalhar isso é através do Inbound Marketing. Com ele você consegue atrair e se comunicar com a audiência, em todos as etapas de relacionamento que ela está com o escritório.
O conteúdo de valor é a chave para o marketing jurídico. Pode ser feito através de diversos canais como e-mails, redes sociais, blog e sites; e em diversos formatos como por exemplo vídeos, artigos, posts, e-books.
Esse conteúdo deve ser focado nas necessidades do cliente como dúvidas, medos, objeções, características, e outros aspectos relacionados. Ou seja, deve ser útil para o cliente, despertar o interesse dele, e principalmente ajudá-lo. Por isso é imprescindível conhecer seu público a fundo mapeando os interesses da sua audiência.
Mas como descobrir os interesses da audiência?
1) Pesquisas
Fazer pesquisas é bem importante para que você consiga entender sua audiência. Podem ser pesquisas simples, mas focadas em entender os clientes que você deseja atingir. O ponto principal é fazer as perguntas certas para ouvir e entender.
Você pode criar um formulário de perguntas através de plataformas gratuita. Faça perguntas que você acha que tem a ver com o seu negócio e que fazem sentido para você, o que você deseja saber dessa pessoa.
Depois, envie para os clientes que você já possui, e também para as pessoas que tem um comportamento similar à pessoa que você quer atrair.
2) Curadoria
Após mapear as pessoas que você vai enviar a pesquisar, escolha cinco delas e veja com o que estão interagindo nas redes sociais.
Para isso, defina um período para analisar, por exemplo, de um mês atrás até hoje. Veja o que ela está curtindo, quais páginas ela segue, quais são os interesses em comum entre elas e entenda em quais formatos de conteúdo ela interage melhor. Isso te dará um caminho, não só para o tipo de conteúdo que você pode produzir, mas também, escolher a abordagem.
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