Técnicas de storytelling podem ser uma boa saída em um mundo paradoxo onde os espaços para exposição das ideias publicitárias parecem se reduzir à proporção em que crescem as oportunidades de mídia. Contar histórias é algo que as marcas podem fazer em vídeos de 30 segundos ou com 140 caracteres. E o resultado pode ser bastante efetivo, se utilizados os elementos certos.
O escritor alemão Kurt Vonnegut, um dos mais influentes da segunda metade do século XX, em seu livro Bagombo Snuff Box: Uncollected Short Fiction, lista oito regras para escrever uma história curta:
- Use o tempo de um completo estranho de tal maneira que ele ou ela não sinta que o tempo foi desperdiçado.
- Dê ao leitor ao menos um personagem pelo qual ele pode simpatizar.
- Todo personagem deve desejar algo, mesmo que seja apenas um copo de água.
- Toda sentença deve fazer uma ou duas coisas: revelar o personagem ou avançar na história.
- Sempre que possível, comece sua história pelo ponto mais próximo do seu final.
- Seja sádico. Não importa quão simpáticos e inocentes sejam seus personagens principais, faça coisas terríveis acontecer com eles para que o leitor perceba do que eles são feitos.
- Escreva para agradar apenas uma pessoa. Se você abrir uma janela e fizer amor com o mundo, assim dizendo, sua história vai pegar uma pneumonia.
- Dê aos seus leitores o máximo de informação o mais cedo possível. Que se dane o suspense. Leitores devem ter um entendimento tão completo do que está acontecendo, onde e porque, para poder finalizar a história por eles próprios, as baratas devem comer as últimas páginas.
Parece muita coisa, mas a apresentação a seguir mostra que até um morador de rua, intuitivamente, pode nos dar uma lição de como aplicar essas técnicas de forma efetiva. A não ser que você não saiba o que são ninjas, é impossível ler o cartaz dele sem ter algum tipo de reação. E, mesmo que não consiga arrancar moedas de você, ele já conquistou o que para o storytelling é o mais importante: emoção – seja ela qual for.
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