O mundo corporativo é cheio de pessoas “fantasiadas” de profissionais tentando parecer perfeitas. Na realidade, apenas passam a imagem de serem limitadas e chatas, e ninguém gosta de se relacionar com gente assim.
Não tenha medo de deixar seus pontos fracos transparecerem. As imperfeições são reais e as pessoas reagem bem ao que é real. É por isso que gostamos de flores de verdade, que estragam, e não de flores perfeitas de plástico, que nunca murcham. Não se preocupe com o discurso e a atitude que seriam considerados ideias. Mostre ao mundo como você realmente é, incluindo os defeitos.
A imperfeição tem uma beleza própria. Essa é a essência do princípio japonês wabi-sabi. O wabi-sabi valoriza o caráter e a particularidade para além da fachada perfeita, ensinando a aceitar que as coisas tenham rachaduras e riscos. A simplicidade também é enfatizada – os objetos são despojados ao máximo e utilizados do jeito que são. Leonard Koren, autor de um livro sobre wabi-sabi, oferece o seguinte conselho: retire tudo o que não for essência, mas não elimine a poesia. Deixa as coisas limpas e despojadas, mas não as esterilize.
Quando algo é excessivamente polido, acaba perdendo a alma e parecendo robótico. Por isso, fale do jeito que você fala normalmente. Revele fatos que os demais preferem não mencionar. Seja sincero quanto aos pontos seus fracos. Mostre a última versão na qual você está trabalhando, mesmo que não esteja finalizada. A melhor imagem profissional não é a da perfeição, mas a da autenticidade.
Fonte: Reivente Sua Empresa (Jason Fried & David Heinemeier Hansson)
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